Cada vez mais presentes nas famílias, escolas e centros de educação infantil os Contos de Fadas ganham diferentes significados em tempos pós-modernos. Numa época em que predominam tantas produções literárias, teatrais e cinematográficas com versões modernas, qual o sentido de ainda circularem as primeiras versões? Quais motivos levam muitos pais e educadores a ler ou contar tais histórias? Onde buscar as fontes mais próxima dos originais?
Um dos aspectos essenciais na discussão deste universo dos contos maravilhosos, diz respeito à qualidade das traduções em nosso país. Textos condensados, recortados, mal-traduzidos, recontados de forma simplista, sem citação da autoria, das ilustrações, enfim, produzidos muitas vezes no anonimato e por editoras não cadastradas oficialmente dificultam a leitura e o conhecimento desses clássicos.
Importante ressaltar que muitas das produções para a infância contemporânea, nada mais são do que novas versões, diálogos e/ou revisitamentos desses textos e que o resgate de tais narrativas auxiliam na promoção de uma leitura mais crítica e sensível dos novos tempos.
Para quem gosta de procurar na fonte, vale a indicação da coletânea Contos de Fadas, de Maria Tatar, Jorge Zahar Editora, que magistralmente traduziu os principais contos de Perrault, Grimm, Andersen e outros essenciais para a gênese da nossa literatura infantil. O livro traz 29 contos traduzidos e comentados, uma pequena biografia dos autores e cerca de trezentas ilustrações, algumas raras, dos principais artistas que registraram ao longo dos séculos essas histórias.
Ficha técnica:
Autora: Maria Tatar
Autora: Maria Tatar
Tradutora: Maria Luiza Borges
Editora: Jorge Zahar Editor