Hans Christian Andersen nasceu em Odense, Dinamarca, em 2 de abril de 1805 e faleceu em Copenhague no dia 04 de agosto de 1875. De família simples e com poucas posses, o pai era sapateiro e a mãe lavadeira. Apesar de ter perdido o pai aos onze anos, dele recorda as leituras de La Fontaine, da Bíblia e d’As mil e uma noites. Passava muito tempo sozinho em casa e nesses momentos de solidão brincava com um teatrinho que o pai lhe tinha feito, costurava as roupas das suas bonecas e distraia-se a ler poesias dramáticas. Era apaixonado pela obra de Shakespeare e vivia a cantar e recitar.
Aos quatorze anos, sem recursos, instrução e sozinho parte para Copenhague em busca de prestígio no mundo cultural. Após tentativas frustradas no teatro, canto e dança, recebeu a ajuda de Jonas Collin, diretor do Teatro Real, através do qual obteve uma bolsa de estudos para que pudesse terminar o secundário. Aos dezessete anos, desajeitado e com maneiras estranhas, Andersen frequentou a escola ao lado de crianças de doze anos e sofreu com as zombarias de seus colegas.
Graças também a Jonas Collin, concluiu seus estudos na Universidade de Copenhague. De personalidade romântica, sonhadora e complexa, o artista que viria a ser aclamado em todo o mundo conheceu bastante dele e escreveu suas impressões sobre os lugares e pessoas que encontrou. Em 1835 escreveu seus Contos para as crianças os quais receberam severas críticas, censurando seu estilo coloquial e a falta de moral para as crianças. Em 1855 escreveu O Conto de Fadas da minha vida, uma sucessão de relatos autobiográficos com reflexões extraordinárias da vida e obra de Andersen “Minha vida é um lindo conto de fadas”. Em 1872 publicou seus últimos contos e continuou a viajar até 1873.
Hans Christian Andersen possui 168 contos publicados e suas obras foram traduzidas em mais de oitenta idiomas. Seu legado converteu-se em um tesouro e fonte de inspiração para escritores, diretores de teatro e cinema, coreógrafos, escultores, pintores e para todos que desejarem ‘viajar’ em sua obra.
Era um homem romântico por natureza, escreveu das gentes em sua essência, de suas qualidades intrínsecas e, por esse motivo, sua escrita simples e apaixonada passa pelo coração. Seus textos são inesperados, possuem uma cor e luz próprias capazes de seduzir e encantar adultos e crianças. Sua obra é repleta de significados da existência humana e desnudamento do homem, o que a torna compreendida e amada por todos.
Entre seus contos mais conhecidos estão: A Pequena Vendedora de Fósforos, A Pequena Sereia, A Princesa e o Grão de Ervilha, A Rainha das Neves, A Roupa Nova do Imperador, O Companheiro de Viagem, O Guardador de Porcos, O Patinho Feio, Polegarina, O Rouxinol e o Imperador da China, Sapatinhos Vermelhos, O Soldadinho de Chumbo.